NUAM 16022022 – 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922
O
programa Nuestra América, música e cultura latino-americana, vai ao ar às quartas-
feiras, às 17h, pela Zummm FM, 87,5 mhz, a rádio comunitária de Santo André e
pelas redes sociais. Produção e apresentação de Marcos Imbrizi.
Nesta semana
lembramos os 100 anos da Semana de Arte Moderna que agitou a São Paulo e o
Brasil com muita música, teatro, além da literatura. Na trilha sonora, músicas
de Heitor Villa Lobos e outras que fizeram parte da semana.
No dia 13 de
fevereiro de 1922 o Theatro Municipal de São Paulo recebeu o público para uma
novidade: a abertura da Semana de Arte Moderna. O evento, organizado por
artistas jovens e irreverentes, rompia com os padrões da época, considerados
ultrapassados
A euforia dos
artistas, no entanto, contrastou com a reação do público presente, que reprovou
boa parte das atrações apresentadas.
O saguão do teatro,
por exemplo, abrigou uma exposição de pintura e escultura, com obras de Anita
Malfati, Di Cavalcanti e Victor Brecheret, que não agradou o público, cujo
gosto ainda não estava acostumado às novas formas de representação.
Há 100 anos, o evento
que deu o impulso decisivo ao Modernismo brasileiro ainda
desperta aclamações e vaias. O festival das artes protagonizado por jovens
talentos como os escritores Mário e Oswald de Andrade, o pintor Di Cavalcanti,
o compositor Heitor Villa Lobos, entre outros.
A programação,
realizada durante três dias no Municipal, tornou-se um marco histórico graças
ao protagonismo que esses artistas conquistaram nas décadas seguintes, posição
que lhes permitiu perpetuar a condição de inovadora da Semana de Arte
Moderna.
Ainda sobre a
Semana de Arte Moderna, existem alguns locais que podem ser visitados e que
remetem aos modernistas brasileiros.
Casa de Mario de Andrade – A antiga casa de Mário de Andrade,
na rua Lopes Chaves, 546, na Barra Funda, é um destes locais. Confira mais
informações em http://www.casamariodeandrade.org.br/
Casa Guilherme de Almeida – O poeta viveu no local, no
bairro de Perdizes, de 1946 até quando morreu. Abriga o acervo composto por
objetos que pertenceram a ele. O endereço é Rua Macapá, 187. Mais informações: http://www.casaguilhermedealmeida.org.br/
Theatro Municipal de São Paulo – E o Theatro Municipal de São
Paulo é outro importante espaço aberto ao público. O local abrigou a
programação da Semana de 22 e atualmente conta com série de atividades em
comemoração à data. O theatro fica na Praça Ramos, no Centro de São Paulo.
Confira a agenda
cultural especial com atividades que acontecem por conta das comemorações dos
100 anos da Semana de 1922
Agenda cultural
Sesc 24 de Maio - No Sesc 24 de Maio, em São
Paulo, segue em cartaz até 7 de agosto a exposição ‘Raio Que o Parta: Ficções
do Moderno no Brasil. São obras de 200 artistas que trazem a modernização do
território brasileiro. O endereço é Rua 24 de Maio, 109, no Centro de São
Paulo.
Casa das Rosas - Até junho, a Casa das Rosas,
apresenta a série online de vídeos ‘Semana de 22 e modernismo’. Até dezembro a
Casa das Rosas apresenta também a série de slams ‘A Contribuição Milionária de
Todos os Erros’, uma releitura da tradição modernista.
Casa de Cultura de São Bernardo - Aqui na região, em fevereiro,
a Casa de Cultura de São Bernardo, realiza o Festival ’22 Longe do Municipal’, com
ações de graffiti, literatura e música, com alusões à semana de 1922. O
endereço é Av. Armando Ítalo Setti, 80, Baeta Neves.
Theatro Municipal de São Paulo - E no Theatro Municipal de São
Paulo, local que recebeu a programação da Semana de 1922, o público pode
conferir a exposição em homenagem aos 100 anos do evento. Na programação, muita
música, teatro e outras atividades. O Theatro fica na Praça Ramos, no Centro de
São Paulo.
Pinacoteca – E vale também uma visita
Pinacoteca, ao lado da estação da Luz. Lá na há uma exposição específica. Mas
as obras do acervo em exposição relacionadas ao modernismo são identificadas
com uma placa, para que o público possa apreciar.
Memorial da América Latina – No local está em cartaz a mostra
‘Pilares de 22’. São 16 caricaturas gigantes de artistas ligados ao Movimento
de 1922.
E o Memorial lança também e edição n.
58 da revista Nossa América em homenagem à Semana de 22. A publicação digital é
gratuita e está disponível em www.memorial.org.br
E existem outras
atividades no Museu da Língua Portuguesa, no Museu Afro Brasil, e no Theatro
São Pedro, entre outros. Confira mais informações em http://www.cultura.sp.gov.br
E encerramos o
Nuestra América da semana com uma música inédita de Tarsila do Amaral, uma das
participantes da Semana de 22. Autora de algumas das obras mais
conhecidas e importantes do movimento modernista, como as telas "Abaporu" e
"Operários", a pintora Tarsila do Amaral foi também compositora de
uma música ainda inédita.
"Rondo
d’Amour" é uma canção em lá menor para voz e piano. A obra era
desconhecida até novembro do ano passado, quando a partitura manuscrita por
Tarsila foi achada em Campinas, no interior paulista, na casa da sobrinha-neta
da artista, Maria Clara do Amaral. A partitura chamou a atenção do pianista
Durval Cesetti, que visitava a família.
"Eu acho que
teve um momento em que ela teve dúvida para onde iria seguir, se era para a
música ou para a pintura", diz Tarsilinha do Amaral, também sobrinha-neta
da pintora. Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo, a
família de Tarsila atestou a autenticidade da autoria da obra pela caligrafia
da artista, que deixou sua assinatura na partitura.
Com Durval Cesetti
ao piano, e as vozes da soprano Elke Riedel e do tenor Kaio Morais, ouvimos
"Rondo d’Amour", canção inédita de Tarsila do Amaral. Esta versão foi
gravada no último dia 25 de janeiro, em Natal, no auditório da Escola de Música
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde os três são professores.
Para finalizar o
Nuestra América especial sobre os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 22
utilizamos informações de O Estado de São Paulo e da Folha de S. Paulo.
Fique bem, continue usando máscara, mantendo o distanciamento social e as mãos sempre limpas. E quando puder, tome a vacina, seja ela qual for. Vamos vencer a pandemia e o pandemônio.
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