Museu conta a história da imigração na Argentina

Buenos Aires dispõe de um museu que resgata a história da imigração. Localizado no Centro da cidade (Av. Antártida Argentina, próximo ao Puerto Madero), o Museo de la Inmigración funciona no antigo prédio do Hotel de Inmigrantes.

Atualmente o local está sob cuidados da Universidad Nacional de Tres de Febrero. A entrada é gratuita, e o interessante é tentar participar de uma das visitas guiadas, nas quais se pode aprender um pouco mais sobre a construção e a imigração. No local é possível conferir ainda exposições que contam a história da imigração.

A imigração argentina foi uma política de Estado com o objetivo de ocupar o território. Para tanto, em 1876, foi aprovada uma lei de imigração e colonização que abria as portas para os imigrantes. Esta legislação estabelecia poucos requisitos, como a idade máxima de 60 anos, além de atestados de não-mendicância, de saúde e de não ter antecedentes criminais.

Quando um navio de imigrantes chegava ao porto de Buenos Aires, uma comissão subia a bordo para verificar a documentação. Em caso de ocorrência de algum surto de doença, o navio era levado para uma ilha nas proximidades para uma quarentena. A Argentina recebeu imigrantes da Europa, Ásia, África e da América do Sul.

A construção – O prédio que abriga o atual museu foi concluído em 1911. No térreo funcionavam a cozinha, o refeitório, padaria e açougue. Nos três andares superiores ficavam os dormitórios que abrigavam três mil pessoas. Haviam andares para mulheres e crianças e outro para os homens.

Ao visitá-lo, temos a impressão de estar em um hospital, com paredes azulejadas, grandes janelas para permitir uma melhor ventilação, corredores e escadas largas de fácil limpeza. Uma característica da política higienista predominante na época.

O hotel funcionou até 1953 e recebeu cerca de um milhão de imigrantes. Desde 1990 o local é considerado Monumento Histórico Nacional.



Argentina recebeu imigrantes e todo o mundo a partir de 1876
   

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