Nuestra América – 23082021 – 500 anos da queda de Tenochtitlán, a capital do império Asteca
O programa Nuestra América, música e cultura latino-americana, vai ao ar às 2ªs feiras, às 17h, pela Zummm FM, 87,5 mhz, a rádio comunitária de Santo André e pelas redes sociais. Produção e apresentação de Marcos Imbrizi.
Nesta semana o Nuestra América lembra a queda da cidade de Tenochtitlán, a capital do império Asteca, ocorrida há exatos 500 anos. Apresentamos mais notícias, músicas, e no final, as dicas culturais.
Queda de Tenochtitlan ocorreu há 500 anos
No último dia 13 de agosto lembramos da queda de Tenochtitlán, a capital do império Asteca. Naquele dia
de 1521 terminou o longo cerco de 73 dias das tropas espanholas à cidade mais
suntuosa encontrada pelos espanhóis na Conquista da América.
A data é motivo de
lançamentos de livros, conferências e encontros que debaterão as
distintas linhas de abordagem historiográfica sobre o passado pré-hispânico, a
transformação daquele território em colônia europeia e, mais tarde, no México
que conhecemos.
O atual presidente
mexicano Andrés Manuel López Obrador, AMLO, crê que seu sexênio como mandatário
não é apenas uma gestão democrática corriqueira, e sim um marco histórico
apenas comparado à Independência, a Reforma e a Revolução mexicanas.
Uma das coisas que fez foi
encaminhar um pedido à Espanha para exigir que esta “peça perdão” pela
Conquista.
Mas os 500 anos da invasão
e da conquista de Tenochtitlán também serão tema de uma rica programação por
parte da Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). O calendário de
atividades, exposições e conferências pode ser consultado aqui: https://mexico500.unam.
Povo nativo da América Central, os Astecas viviam como uma confederação de cidades-estado que jurava lealdade ao imperador, cuja influência política se estendia por toda a região. Sua capital, Tenochtitlán, era uma das maiores cidades do mundo à época.
Situada
no meio do Lago Texcoco, a suntuosa cidade possuía um enorme sistema de
aquedutos e canais, além de belos palácios, templos e mercados. Sua população
era composta por aproximadamente 300 mil habitantes devotos ao imperador.
Antes de chegar à capital do império em 1519, o conquistador
espanhol Hernán
Cortés, fez diversas alianças com os povos indígenas subjugados
pelos Astecas. Tomou, também, a nativa Malinche como
amante, sendo que ela o auxiliava na tradução e na comunicação com os
indígenas. No México, até hoje, o nome da moça é sinônimo de traição.
Ao chegarem, os espanhóis foram bem recebidos pelos Astecas, que
pensavam tratar-se do retorno do deus-serpente Quetzalcoatl. Usando
disso, Cortez iniciou a conquista do império, prendendoo imperador Montezuma em seu
próprio palácio e tornando-se, de fato, o governante da gigantesca cidade.
Por dois anos, diversas batalhas se sucederam. Apesar da longa
distância, os espanhóis eram tecnologicamente mais avançados, possuíam as
alianças feitas por Cortés,
o que aumentava seu exército, e tinham a seu favor um dos fatores mais cruéis:
a guerra biológica. O sistema imunológico nativo não estava habituado às
doenças europeias como a varíola e a
gripe, e muitos foram dizimados por estas doenças.
Apesar de eventualmente terem expulsado os espanhóis da cidade
na chamada Noite Triste, o destino dos Astecas estava selado. Dizimados pela
varíola, abandonados pelos povos que antes dominavam e enfrentando um inimigo
cuja tecnologia era superior, era só questão de tempo até a volta dos conquistadores
espanhóis.
NOTÍCIAS
50 anos de As Veias
Abertas da América Latina
E no ano em que lembramos
os 500 anos da queda de Tenochtitlán, comemoramos também os 50 anos da
publicação do livro As Veias Abertas da América Latina, do jornalista e
escritor uruguaio Eduardo Galeano.
A publicação faz uma
análise da exploração a que foram submetidas as populações que habitavam o
continente latino-americano. Mostra também a exploração das riquezas do
continente pelos países europeus desde a chegada, no final do século XV até o
século XX. A conquista da região do atual México, o antigo império asteca está
entre os temas abordados pela obra.
Devido ao seu conteúdo
crítico, o livro chegou a ser proibido em vários países quando do seu
lançamento, inclusive no Brasil. Vale lembrar que naquela época muitos dos
países viviam períodos de ditaduras civis-militares. Se ainda não leu, não
perca a oportunidade.
Autor de dezenas de
livros, Eduardo Galeano era um escritor que pregava que um outro mundo é
possível. Um mundo mais justo, mais igual e igual. Em homenagem a Eduardo
Galeano, vamos ouvir Jorge Drexler
Terremoto mata mais de 2000 pessoas no Haiti
Pouco mais de uma década após um devastador terremoto de sete graus de magnitude, em 2010, o Haiti foi atingido por outro tremor, ainda mais devastador no dia 14 de agosto. O País, o mais pobre da América e que já enfrenta uma grave crise política, econômica e humanitária desta vez já perdeu mais de 2000 vidas. A defesa civil haitiana, com poucos recursos segue na busca de sobreviventes em meio aos escombros dos prédios após o abalo. O Brasil envia nesta semana uma equipe para ajudar nos trabalhos.
Coronel uruguaio condenado na Itália segue livre no Brasil
Condenado
à prisão perpétua na Itália por crimes cometidos durante a ditadura militar
uruguaia o coronel Pedro Antonio Mato Narondo vive tranquilamente no Rio Grande
do Sul.
Conhecido
por ‘El Burro’ pla forma que conduzia seus interrogatórios durante a ditadura
vive desde 2003 em Santana do Livramento, a menos de três quilômetros da
fronteira do Uruguai. Naquele ano, por ser filho de mãe brasileira ele teve o
registro de brasileiro nato.
Na
Itália El Burro foi condenado a prisão perpétua pela morte no Uruguai do
operário Luis Batalla em 1972 durante ação da ditadura militar daquele País.
Como a vítima era italiana, o processo foi realizado no País europeu.
No
Uruguai o coronel também é acusado de integrar o esquadrão que sequestou e
matou em Buenos Aires o senador Zelmar Michelini e o ex-presidente da Câmara de
Deputados Héctor Gutierrez Ruiz, em 1976.
Com informações do UOL, Estadão e do site A História é a seguinte
AGENDA CULTURAL
Professora
Maria Esther Maciel é a convidada do Clube de leitura do Memorial da América
Latina no dia 28
A
professora Maria Esther Maciel participa no dia 28 de agosto do projeto Clube
de Leitura do Memorial da América Latina. Em sua nova edição o projeto, que
apresenta obras latino-americanas, terá como tema a Zooliteratura ou a presença
dos animais na literatura.
O termo foi criado pelo filósofo Jacques Derrida, para definir a
presença de animais na produção de alguns autores e abre espaço para se pensar em
um conjunto de obras literárias em que a presença do animal ultrapassa o lugar
convencional.
No dia 28, às 10h, Maria Esther Maciel, professora da
Universidade Federal de Minas Gerais apresentará o conto Xavier. O título faz
referência ao nome do cachorro vira-lata encontrado pelo personagem Jafe, que o
leva para casa. A obra integra o Livro dos Nomes, publicado pela Companhia das
Letras.
Os encontros acontecem sempre aos sábados, por meio da
plataforma Zoom, das 10h às 11h30. As inscrições podem ser feitas no site do
Memorial. https://forms.gle/
Cinusp realiza mostra
O
Cinusp realiza até 12 de setembro a Mostra Algo Estanho entre Nós. Na
programação, curta-metragens e histórias fora do comum e imprevisíveis,
instigando sensações no mais puro realismo fantástico. Entre os filmes, o
tcheco ‘Joseph Killiam’, de 1964. Confira toda programação em www.usp.br/cinusp. Grátis (Fonte:
Metro)
10ª Mostra Ecofalante de cinema segue até 14 de setembro de forma online
A
10ª Mostra Ecofalante de Cinema acontece de forma online e gratuita até 14 de
setembro. No total 101 filmes e 10 debates. Na programação, dois programas: a
competição Latino-Americana e o Concurso Curta Ecofalante. No total 101 filmes
e 10 debates.
A Competição Latino-Americana premia os melhores filmes de
temática socioambiental da América Latina. Neste ano foram selecionados 30
filmes, entre longas e curtas-metragens, de 7 países: Argentina, Brasil, Chile,
Colômbia, México, Peru e Venezuela.
E o Concurso Curta Ecofalante voltado a curtas-metragens
produzidos por estudantes brasileiros. Nesta edição, que tem apoio do
WWF-Brasil, a Mostra selecionou 10 filmes, cujos temas dialogam com os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU na Agenda 2030.
Confira a programação em https://ecofalante.org.br/
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